Eles moravam no Tatuapé em uma avenida movimentada, perto da casa da tia Angelina. A casa era daquelas cuja porta dava diretamente na calçada. A casa parecia pequena por fora, mas era imensa. Entrando na casa, dávamos de cara para uma escada que levava aos quartos e banheiro da parte superior. Chamava a atenção um suporte de chapéu antigo que ficava ao lado da escada.
Na parte de baixo, do lado direito, ficava uma sala que, após o falecimento do tio Américo, serviu de quarto para a tia Rosa, que já não tinha saúde para subir as escadas. Seguindo reto na parte de baixo chegávamos na cozinha.
O tio Américo e a tia Rosa eram muito carinhosos, principalmente a tia Rosa. Não era aquele tipo de carinho dolorido da minha tia-prima Beth que insistia em apertar forte minhas bochechas. Eram delicados, sutis e faziam a gente ter vontade de ficar mais um pouco.
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